quarta-feira, 25 de maio de 2011

escrevo agora, depois de longa data. intervalo da razão...intervalo para a razão.

preocupação estética persitente, mas o ar já está um pouco mais leve...

cada dia mais aprofundo-me, internalizo-me....devoro-me

Percebo novamente o perceber, a centrada noção do perceber....aquele que segue lá....

acho que de certa maneira o exílio foi necessário. Era irritantemente difícil de escrever...

já não sou dos dois universos....sou pertencente a duas estações e nisto, sou um cidadão do nada, do sem-tempo....do não lugar...

se sigo pela filosofia.....poderão talvez, ao máximo, dizerem que tentei o não dentro....que alcancei o inalcançavel.... Pois bem, só sei que não posso afirmar e que sinto ainda muito por este estado....

Sei das recíprocas e produção nisto tudo...colho e sinto prazer em colher, porém a dor ainda é maior e, com isso, não sou de lá nem de cá....mesmo sabendo que tudo se encaixará da forma mais desencaixadamente desencaixante....

a observação e a tradução dela é necessária, quê beleza!  mas recolhe-me a fato realmente afirmar...

o teclado estava desacostumado já com a tarefa de articular e organizar as letras deste arranjo um pouco confuso.....mas ao mesmo tempo ele está sendo testemunnha de um maravilhoso estado de verdade...

....poderia estar mentindo, poderia estar contando uma história. Abro-me ao acaso, ao levar da semente na boca de um pássaro...ou da menssagem da garrafa....faço ecoar e reverberar o som da minha existência....

sentado ao chão,escutando a maquina lavar e as buzinas dos carros fazendo o que mais sabem fazer......

buzinar...