quarta-feira, 11 de abril de 2012

maresia

testo a trama que teço ....testo a trama que deixa...
deixa passar as areias......as areias que são levadas pelo mar....
cada grão que passa no vão.....vão grande que passa a água...
vão pequeno que pega o peixe......vão certo que corta a mão...
trama de ranços, de nós,de tensão.....mas a água vai levando....
para bem longe...enquanto chegam novos visitantes......parando em seu abraço...
chega a hora de subir, de secar novamente, ser usurpado do próprio suor...
quebro, arrebento, estico......amarrado fico, jogado ao sol!!!
o próximo deixar.....deixar molhar...molhar de deixar...

quinta-feira, 5 de abril de 2012

ferindo

trás a tona desejos insaciáveis...indecifráveis...
joga pra trás cada segundo...levando a vida de forma insegura...
certo de que o escudo protetor o abandonou, não quis mais....não retornou...
pela janela aberta, pelo vento que bate o trinco, pela parede descascada...
deixou todo o pranto...toda a fome...toda melancolia da nuvem...
toda sintonia da flor....foi louco fui louco.....
o frio do outono conforta este tempo, este lugar....
as pétalas amarelas caindo no chão......tentando seguir sua pegada veloz.....
a cada canto a trilha se abre, levantam-se gigantes, leões.....
.....indecifráveis vão se tornando os segundos inertes de potência, de zelo
segundos zelosos não movem o relógio, no pulso de ninguém......