sexta-feira, 24 de agosto de 2012
Na desconstrução do amor, no descaído angelical de um beijo,
Não há morte mais simples ou outra grande razão...
Mas que valha cada dor pelo palpitar, pelo enraizar de uma pequena floresta,
Pelo toque das asas de um beija-flor, pelo gotejar de um pinguinho,
Pelas coisas simples... a busca incessante de nossos olhares....desejos imensos sem fim,
Na voz de uma sanfona, pela força de um dia nublado que venceu o sol,
Reservando seus raios....
dos teus toques sinto muita falta, para nos seus cabelos me perder...
dividir seu perfume e sua eternidade.....
Trovejar até amanhã, deixar cair, deixar chover...
Sentir a dor do amor....da comunhão singela, atrás de todos, atrás do palco em dia de samba.... só o existir de nós dois...
Pendurado nos varais de qualquer quintal, de qualquer cidade abençoada pelo manto da lembrança da saudade de amar.
É disto que falo, é disto que busco....é disto que sigo....meu amar nu, meu amar só...desejando você.
linha d
Neste exato instante, naquele cidadela encrostada nas falésias de Mali,
o hotel velho do centro, com seu cheiro podre de mofo,
com seus carmins desbotados..muito mais do que aqueles dourados
a densidade da tarde é cortada pelo zunir quase como um zíper,
bisturizando o tempo e o espaço em dois,
fatiando para um nível a areia e para o outro
...
o seu sol
...
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