hoje tirei o casaco. ele pesava já há algum tempo.
casaco-protetor, casaco-ilusão, casaco-conforto.
resolvi embarcar nesse movimento, despi-me sem pudor.
sem pudor mas com dor, quem disse que não haveria dor?
dor feliz, dor na alma, voltei a ser o que era, sem retoques.
vivi novamente o mesmo tempo, tempo que não se foi.
Achei que tinha ido e não foi.
estava lá, bem debaixo do casaco. eita casaco pesado.
momento estranho, me senti comum sem o veneno.
ainda não posso...desejo que possa...equilibrio