segunda-feira, 5 de março de 2012

brincar de netuno!

Afundo,
Afundo,
chego mais ao fundo!
Fundo do mar, fundo do estar....fundo da piscina, não importa! Certo é que afundo...
Paro um pouco ... deixo o observar do silêncio, só ele faz presente....metros abaixo da superfície sinto-me ao revés..
Deixo o topo onde o lá embaixo observa,
O topo era claro e quente; vai ficando para trás, para o alto...desço cada vez mais e mais...
A água é fria, cristalina quase transparente.....azul gélido....azul pálido
Estou envolvido, posso sentir isto em cada parte do meu corpo,
O peso do empuxo, o flutuar da alma,
Não pertenço a este lugar.....mas observo. Suas paredes cinzas estão no contorno lateral, sem as mesmas ao fundo,
Envolto flutuante....agora posso voar, ecoar no silêncio....
Paralisei o tempo, paralisei as horas, reservei o meu lugar, mesmo que dure pouco, poucas horas,
Poucos segundos...mas é meu, foi meu..
Basta!
Meu corpo me lembrou...preciso respirar o vento que não me toca mais....