escrevo agora, depois de longa data. intervalo da razão...intervalo para a razão.
preocupação estética persitente, mas o ar já está um pouco mais leve...
cada dia mais aprofundo-me, internalizo-me....devoro-me
Percebo novamente o perceber, a centrada noção do perceber....aquele que segue lá....
acho que de certa maneira o exílio foi necessário. Era irritantemente difícil de escrever...
já não sou dos dois universos....sou pertencente a duas estações e nisto, sou um cidadão do nada, do sem-tempo....do não lugar...
se sigo pela filosofia.....poderão talvez, ao máximo, dizerem que tentei o não dentro....que alcancei o inalcançavel.... Pois bem, só sei que não posso afirmar e que sinto ainda muito por este estado....
Sei das recíprocas e produção nisto tudo...colho e sinto prazer em colher, porém a dor ainda é maior e, com isso, não sou de lá nem de cá....mesmo sabendo que tudo se encaixará da forma mais desencaixadamente desencaixante....
a observação e a tradução dela é necessária, quê beleza! mas recolhe-me a fato realmente afirmar...
o teclado estava desacostumado já com a tarefa de articular e organizar as letras deste arranjo um pouco confuso.....mas ao mesmo tempo ele está sendo testemunnha de um maravilhoso estado de verdade...
....poderia estar mentindo, poderia estar contando uma história. Abro-me ao acaso, ao levar da semente na boca de um pássaro...ou da menssagem da garrafa....faço ecoar e reverberar o som da minha existência....
sentado ao chão,escutando a maquina lavar e as buzinas dos carros fazendo o que mais sabem fazer......
buzinar...
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