quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

onde as sereias se escondem

mareia o mar no maremoto,
mar no maremoto fica confuso porque não sabe se une ou se separa ao vento,
se continua batendo nas pedras feito uma criança furiosa sem o seu amparo,
continua a cuspir suas ondas sobre o calçadão,
seus peixes não entendem tremenda tormenta,
a água é vítima e arma de tanta fúria, é com a água que vinga-se o mar, as fadas, as sereias
que por um instante, vigam-se pelos tantos marinheiros que não conseguiram puxar, por não fazer tantas viúvas em seu lençol,
de tantos barcos que não conseguiram tragar,
de tantas velas que não conseguiram rasgar,
nesta tempo sombrio...de frio e de pele enrugada... enxarcada,
minha pele escamoteia, minhas vestes confundem-se com a areia molhada; não existem mais os castelos na praia, foram invadidos pelo mar revoltoso, impiedoso, não convidado...
até meu chapéu eu perdi dragado pela maré que devora-me minha alma, chicoteia meus pesares,
imagino os cardumes neste balançar quase materno só que de algo bruto como meus tios,
onde as sereias se escodem ou se é que se é que se escondem!
maré,
moto, ..........notei